A pandemia do COVID-19 tem impactado severamente a economia global, e um dos setores mais afetados tem sido o turismo. Com as restrições de viagens e as medidas de distanciamento social, o número de chegadas de turistas aos Estados Unidos tem sofrido uma queda significativa. Isso, por sua vez, tem impactado diretamente o setor aéreo e as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
De acordo com analistas, a redução nas chegadas, cancelamentos e boicotes devem continuar a afetar o consumo, o setor aéreo e as projeções do PIB americano até 2025. A consultoria Goldman Sachs estima que as perdas para o setor de turismo nos EUA podem chegar a US$ 90 bilhões, o que representa um grande impacto na economia do país.
A queda no turismo americano é a maior desde o início da pandemia. Dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que, apenas em 2020, o número de chegadas de turistas internacionais caiu 75% em relação a 2019. Isso representa uma perda de mais de US$ 147 bilhões em gastos de visitantes estrangeiros.
Além disso, o turismo doméstico também foi afetado, com uma queda de 30% no número de viagens em 2020. Isso se deve às restrições de viagens impostas por diversos estados e ao receio dos americanos em viajar durante a pandemia.
Com a queda no turismo, o setor aéreo também sofreu grandes impactos. Companhias aéreas tiveram que reduzir suas operações e, em alguns casos, até mesmo suspender voos devido à baixa demanda. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) estima que as companhias aéreas dos EUA tiveram uma perda de US$ 35 bilhões em receita em 2020.
Essa queda no turismo e no setor aéreo tem um efeito dominó na economia do país. Com menos turistas, hotéis, restaurantes, atrações turísticas e outras empresas relacionadas ao setor também sofrem com a diminuição de clientes e, consequentemente, de receita. Além disso, a redução no consumo e no investimento em turismo também afeta o PIB americano.
Diante desse cenário, o Goldman Sachs projeta que a economia dos EUA cresça apenas 1,2% em 2021, uma queda significativa em relação à previsão anterior de 3,5%. A recuperação do setor de turismo e, consequentemente, da economia, deve ser lenta e gradual, levando anos para voltar aos patamares pré-pandemia.
No entanto, nem tudo são notícias negativas. Com o avanço da vacinação e a diminuição dos casos de COVID-19, muitos países estão reabrindo suas fronteiras e flexibilizando as medidas de distanciamento social. Isso pode impulsionar o turismo nos EUA nos próximos anos.
Além disso, o governo americano tem adotado medidas de estímulo econômico, como o pacote de US$ 1,9 trilhão aprovado em março de 2021, que inclui uma ajuda direta aos cidadãos e incentivos fiscais para empresas. Isso pode ajudar a impulsionar o consumo e a recuperação da economia do país.
Outro fator positivo é o aumento do turismo interno, impulsionado pela retomada das atividades e pelo desejo das pessoas de viajar após um longo período de restrições. Com a valorização do dólar em relação a outras moedas, pode ser mais vantajoso para os americanos viajar dentro do próprio país, o que pode aquecer o setor de