O mercado de trabalho formal no Brasil tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, e uma das mais importantes é a crescente inclusão das mulheres. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), as mulheres conquistaram 52,7% das novas vagas criadas em 2024, o que representa um avanço notável em comparação com o ano anterior. Esses números refletem os esforços contínuos para promover a igualdade de gênero e a valorização do trabalho feminino.
Desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020, o mercado de trabalho sofreu impactos significativos, com o aumento do desemprego e a redução de oportunidades. No entanto, as mulheres foram particularmente afetadas, já que muitas delas ocupavam cargos em setores mais vulneráveis, como o de serviços e o comércio. Isso torna ainda mais significativo o fato de que, em 2024, foram elas que conquistaram a maioria das novas vagas no mercado formal de trabalho.
Ao analisar os dados do Novo Caged, é possível observar que os setores que mais contrataram mulheres foram o de serviços e o de comércio, seguidos pela indústria e pela construção civil. Esses setores são tradicionalmente dominados por homens, mas a presença feminina vem crescendo de maneira constante e cada vez mais significativa. Isso mostra que as mulheres estão ocupando espaços que antes eram considerados exclusivos para o gênero masculino.
Além disso, é importante ressaltar que as mulheres também estão em ascensão nos cargos de liderança e gerência. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024, as mulheres ocupavam 37,9% dos cargos de chefia nas empresas no Brasil, um crescimento em relação a anos anteriores. Isso mostra que as empresas estão cada vez mais reconhecendo e valorizando as habilidades e competências das mulheres em posições de liderança.
A inclusão feminina no mercado de trabalho também está relacionada à formação educacional e ao aumento da escolaridade das mulheres. Segundo o IBGE, em 2024, 56,5% das mulheres com idade entre 25 e 34 anos tinham ensino médio completo, enquanto apenas 52,6% dos homens tinham a mesma formação. Além disso, o número de mulheres com ensino superior completo também vem crescendo, o que reflete diretamente no número de mulheres inseridas no mercado de trabalho.
Outro fator que contribui para o avanço da inclusão feminina no mercado de trabalho é a conscientização sobre a igualdade de gênero e a valorização do trabalho feminino. Cada vez mais empresas estão adotando políticas de diversidade e inclusão em seus processos de seleção e promoção, reconhecendo a importância da equidade de gênero no ambiente de trabalho.
A conquista de mais espaço pelas mulheres no mercado de trabalho também é uma vitória para a economia do país. Estudos mostram que a inclusão feminina no mercado de trabalho pode impulsionar o crescimento econômico, já que as mulheres são responsáveis por uma parte significativa do consumo e contribuem para o aumento da produtividade nas empresas.
É importante ressaltar que, apesar do avanço, ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade de oportunidades e a valorização do trabalho feminino. A desigualdade salarial entre homens e mulheres, por exemplo, ainda é uma realidade no Brasil. Portanto, é preciso que as empresas e a sociedade como um todo continuem se esforçando para mudar essa realidade e promover a equidade de gênero no mercado de trabalho.
Em resumo, os dados do Novo Caged mostram que, em 2024,