Danos a cabos submarinos que transportam 95% da internet do mundo deixaram organizações como Otan e ONU em alerta
Os cabos submarinos são a espinha dorsal da internet, responsáveis por conectar continentes e permitir a comunicação em tempo real entre pessoas e empresas ao redor do mundo. No entanto, recentemente, uma série de danos a esses cabos tem preocupado organizações internacionais, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Organização das Nações Unidas (ONU). Esses danos podem afetar diretamente a estabilidade e segurança da rede mundial de computadores.
De acordo com dados da Otan, cerca de 95% do tráfego de internet mundial passa pelos cabos submarinos, que são responsáveis por conectar mais de 180 países. São esses cabos que permitem o envio de e-mails, o acesso a sites, a realização de transações bancárias e até mesmo a comunicação entre governos e instituições internacionais. Ou seja, é praticamente impossível imaginar o mundo sem a presença desses cabos.
No entanto, nos últimos anos, tem sido registrado um aumento significativo nos danos a esses cabos. Em 2020, por exemplo, houve mais de 100 casos de danos a cabos submarinos em todo o mundo, o que representa um aumento de 60% em relação ao ano anterior. Esses danos podem ser causados por diversas razões, como acidentes com navios, atividades de pesca, terremotos, deslizamentos de terra e até mesmo atos de vandalismo.
Os danos a esses cabos podem ter consequências graves para a internet e para a sociedade como um todo. Além de interromper o acesso à rede, eles podem comprometer a segurança dos dados e informações que circulam pela internet. Isso pode afetar diretamente empresas, governos e até mesmo a população em geral, que depende cada vez mais da internet para realizar suas atividades diárias.
Diante desse cenário, a Otan tem se mobilizado para encontrar soluções que possam garantir a segurança e a estabilidade dos cabos submarinos. Em dezembro de 2020, a organização divulgou um relatório com recomendações para proteger esses cabos, que incluem medidas de prevenção, detecção e resposta a danos.
Entre as medidas sugeridas, estão o monitoramento constante dos cabos, a criação de rotas alternativas de comunicação e a implementação de tecnologias avançadas para detectar e reparar danos rapidamente. Além disso, a Otan também propôs a realização de treinamentos e exercícios conjuntos com países membros para garantir uma resposta efetiva em caso de danos a cabos submarinos.
A ONU também tem se envolvido nessa questão, por meio da Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento. Em 2019, a comissão lançou um relatório que aborda a importância dos cabos submarinos para a economia e a sociedade, além de destacar a necessidade de medidas para protegê-los.
É importante ressaltar que os danos a cabos submarinos não afetam apenas a internet, mas também outras áreas, como o comércio internacional, a segurança marítima e até mesmo a pesquisa científica. Por isso, é fundamental que haja uma ação conjunta entre governos, empresas e organizações internacionais para garantir a proteção desses cabos.
Felizmente, já existem iniciativas em andamento para proteger os cabos submarinos. A empresa americana Google, por exemplo, está trabalhando em um projeto de cabos submarinos que utilizam tecnologia avançada para detectar danos e repará-los automaticamente. Além disso, a empresa também está investindo em rotas alternativas de comunicação para garantir