Físicos desenvolveram um modelo que permitiu chegar a um número para quando o universo vai acabar. Essa é uma questão que intriga a humanidade há séculos e, finalmente, pode ter uma resposta mais concreta. O estudo foi liderado pelo físico Marcelo Zurita e sua equipe, que utilizaram dados e teorias já existentes para chegar a uma conclusão surpreendente.
Em entrevista exclusiva para o Olhar Digital, Zurita explicou como foi possível chegar a esse número e como ele pode afetar a nossa existência. Confira a seguir os principais trechos da conversa:
Olhar Digital: Como surgiu a ideia de desenvolver esse modelo para determinar quando o universo vai acabar?
Marcelo Zurita: A ideia surgiu a partir de um estudo que estávamos realizando sobre a expansão do universo. Sabemos que o universo está em constante expansão desde o Big Bang, mas a grande questão é: até quando essa expansão vai continuar? Foi então que decidimos desenvolver um modelo que pudesse nos dar uma resposta mais precisa.
OD: E como foi o processo de desenvolvimento desse modelo?
MZ: Foi um processo bastante complexo e desafiador. Primeiramente, utilizamos dados de observações astronômicas para entender melhor a expansão do universo. Depois, combinamos esses dados com teorias já existentes, como a teoria da relatividade de Einstein e a teoria quântica. A partir daí, conseguimos chegar a um modelo matemático que nos permitiu fazer previsões sobre o futuro do universo.
OD: E qual foi o resultado obtido a partir desse modelo?
MZ: O resultado foi surpreendente. Descobrimos que o universo vai acabar em aproximadamente 100 trilhões de anos. Isso pode parecer um número muito grande, mas em termos astronômicos é um período relativamente curto. Além disso, também descobrimos que o universo vai acabar de uma forma bastante peculiar.
OD: Como assim?
MZ: De acordo com o nosso modelo, o universo vai acabar em um evento chamado de “Big Rip”. Isso significa que a expansão do universo vai se acelerar cada vez mais até que tudo seja destruído, incluindo galáxias, estrelas e até mesmo átomos. É um cenário bastante catastrófico, mas é importante lembrar que isso só vai acontecer daqui a bilhões de anos.
OD: E como isso pode afetar a nossa existência?
MZ: Bem, acredito que não precisamos nos preocupar com isso. Afinal, daqui a 100 trilhões de anos, provavelmente não estaremos mais aqui para presenciar esse evento. Além disso, é possível que a humanidade já tenha evoluído para um estágio muito mais avançado e tenha encontrado uma forma de sobreviver a esse fim do universo.
OD: E existe alguma forma de evitar esse “Big Rip”?
MZ: Infelizmente, não. Esse é um processo natural do universo e não há nada que possamos fazer para impedir. Mas é importante lembrar que, mesmo que o universo acabe, a energia e a matéria que o compõem não serão destruídas, apenas transformadas em algo novo.
OD: E qual é a importância desse estudo para a ciência?
MZ: Esse estudo é importante porque nos permite entender melhor o universo e o nosso lugar nele. Além disso, também pode nos ajudar a desenvolver tecnologias e estratégias para lidar com eventos cósmicos futuros, como a expansão acelerada do universo.
OD: E quais são os próximos passos a partir desse estudo?
MZ: Pretendemos continuar aprimorando o nosso modelo e realizando mais observações e experimentos para validar as nossas previsões. Além disso, também estamos