Nos últimos meses, o processo antitruste contra a Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, tem sido uma pauta constante nos noticiários. A gigante tecnológica tem enfrentado acusações de práticas anticompetitivas e monopólio no mercado de redes sociais. No entanto, as recentes revelações no processo expõem um temor interno e fragilidade da empresa, enquanto o TikTok crescia e se consolidava como uma das principais plataformas do momento.
Para entender melhor essa situação, é preciso voltar alguns anos no tempo. Em 2016, o Facebook tentou adquirir o aplicativo de vídeos curtos Vine, concorrente direto do TikTok. No entanto, a oferta foi recusada e o Vine acabou sendo descontinuado. Isso abriu caminho para o TikTok, que surgiu em 2017 e rapidamente conquistou milhões de usuários ao redor do mundo.
Enquanto isso, o Facebook e o Instagram continuavam sendo as principais redes sociais do momento, com bilhões de usuários ativos diariamente. No entanto, por trás dos números impressionantes, a empresa já começava a sentir o impacto da ascensão do TikTok. Em documentos internos, revelados durante o processo antitruste, executivos da Meta admitiram que o TikTok já era mais relevante que o Facebook e o Instagram em alguns aspectos, como a criação de conteúdo original e a interação dos usuários.
Essa revelação foi um duro golpe para a Meta, que sempre se orgulhou de ser a empresa líder no mercado de redes sociais. Além disso, os documentos também mostram que a empresa estava ciente dos riscos que o TikTok representava para o seu negócio. Em uma apresentação interna, um executivo afirmou que o TikTok era uma “ameaça existencial” para o Facebook e o Instagram.
Com o crescimento exponencial do TikTok e o seu sucesso entre os jovens, a Meta viu a sua posição de domínio no mercado ameaçada. E isso ficou ainda mais evidente quando o TikTok ultrapassou o Facebook e o Instagram em número de downloads em 2020. Além disso, a empresa também viu a sua receita publicitária ser afetada pelo sucesso do TikTok, que oferece um formato de anúncio mais atraente e eficaz para as marcas.
Diante dessa situação, a Meta passou a tomar medidas para tentar conter o avanço do TikTok. Em 2020, lançou o Reels, uma função do Instagram que permite a criação de vídeos curtos, em uma clara tentativa de competir com o aplicativo chinês. No entanto, até o momento, o Reels não conseguiu alcançar o mesmo sucesso e relevância do TikTok.
Além disso, a Meta também tem tentado desacreditar o TikTok e a sua empresa-mãe, a chinesa ByteDance, alegando preocupações com a segurança de dados e a censura do governo chinês. No entanto, essas alegações foram negadas pela ByteDance e, até o momento, não foram comprovadas.
Enquanto isso, o TikTok continua a crescer e se consolidar como uma das principais plataformas do momento. Com mais de 1 bilhão de usuários ativos mensalmente, o aplicativo se tornou uma potência no mercado de redes sociais e tem atraído cada vez mais a atenção de marcas e influenciadores. Além disso, o TikTok tem investido em novidades, como a possibilidade de compras dentro do aplicativo, o que tem atraído ainda mais usuários e gerado receita para a empresa.
Diante de tudo isso, fica claro que o TikTok é uma ameaça real para a Meta e as suas redes sociais. As revelações no processo antitruste expõem o temor e