Nos últimos anos, a relação comercial entre Estados Unidos e China tem sido marcada por tensões e disputas comerciais. Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA, em 2017, ele tem adotado uma postura mais protecionista em relação ao comércio exterior, impondo tarifas e sobretaxas a produtos importados da China. Em resposta, o governo chinês tem buscado formas de contornar essas medidas e manter suas exportações em alta. Uma das estratégias adotadas pelas empresas chinesas é redirecionar suas exportações por meio de países vizinhos, como Malásia e Coreia do Sul, para mascarar a origem dos produtos e evitar as sobretaxas impostas por Trump.
De acordo com um artigo publicado pelo Financial Times, essa prática tem se tornado cada vez mais comum entre as empresas chinesas. O jornal britânico aponta que, em 2018, as exportações da China para a Malásia aumentaram em 14%, enquanto as exportações da Malásia para os EUA cresceram em 33%. Esses números sugerem que parte das exportações chinesas para os EUA estão sendo redirecionadas por meio da Malásia, a fim de evitar as tarifas impostas por Trump.
Além da Malásia, a Coreia do Sul também tem sido utilizada como um “ponte” para as exportações chinesas. Segundo o Financial Times, as exportações da China para a Coreia do Sul aumentaram em 15% em 2018, enquanto as exportações da Coreia do Sul para os EUA cresceram em 10%. Esses dados indicam que as empresas chinesas estão utilizando a Coreia do Sul como um “porto seguro” para suas exportações, evitando assim as sobretaxas impostas pelos EUA.
Mas por que as empresas chinesas estão recorrendo a essas estratégias? A resposta é simples: para manter suas exportações em alta e evitar prejuízos financeiros. As tarifas impostas por Trump têm impactado diretamente as empresas chinesas, que dependem fortemente do mercado americano. Com as sobretaxas, os produtos chineses ficam mais caros e, consequentemente, menos competitivos no mercado americano. Além disso, as empresas também temem que as tarifas possam afetar a demanda pelos seus produtos, o que poderia resultar em uma queda nas exportações e, consequentemente, na economia chinesa.
No entanto, essa prática de redirecionar exportações por meio de países vizinhos não é uma novidade. A China já havia utilizado essa estratégia no passado, durante a Guerra Comercial com os EUA na década de 1980. Na época, o país também enfrentava tarifas impostas pelos EUA e, para contornar a situação, redirecionou suas exportações por meio de Hong Kong. Essa estratégia foi bem-sucedida e ajudou a China a manter suas exportações em alta.
Apesar de ser uma prática comum, o redirecionamento de exportações por países vizinhos tem gerado preocupações e críticas por parte de alguns países. Os EUA, por exemplo, acusam a China de estar utilizando esses países como “fachada” para suas exportações, a fim de evitar as tarifas impostas por Trump. Além disso, essa prática também pode prejudicar a economia dos países utilizados como “ponte”, uma vez que eles podem ser afetados pelas tarifas impostas pelos EUA.
No entanto, é importante ressaltar que essa estratégia adotada pelas empresas chinesas não é ilegal. As empresas estão apenas buscando formas de contornar as medidas protecionistas adotadas pelos EUA e manter suas exportações em alta. Além disso, essa prática também pode ser benéfica para os países utilizados como