Um buraco negro é um objeto astronômico tão misterioso quanto fascinante. Sua existência foi teorizada pela primeira vez por John Michell e Pierre-Simon Laplace em 1783, mas foi só em 1916 que Albert Einstein apresentou a teoria da relatividade geral, que explicava a gravidade como uma curvatura do espaço-tempo causada pela presença de massa. Foi a partir dessa teoria que os cientistas começaram a entender melhor os buracos negros e a sua importância no universo.
No entanto, mesmo com todo o avanço tecnológico e científico, ainda há muito a ser descoberto sobre esses objetos cósmicos. E recentemente, uma descoberta surpreendente foi feita: um buraco negro supermassivo estava “escondido” há décadas!
A descoberta foi feita por uma equipe internacional de astrônomos liderada por Kayhan Gültekin, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Eles utilizaram o telescópio espacial Hubble para observar uma galáxia chamada NGC 1600, localizada a cerca de 200 milhões de anos-luz da Terra. Essa galáxia é conhecida por ser uma das maiores e mais brilhantes do universo, mas até então, não se sabia que ela abrigava um buraco negro supermassivo.
Os buracos negros supermassivos são os maiores e mais poderosos do universo, com massas que podem chegar a bilhões de vezes a do Sol. Eles são encontrados no centro das galáxias e têm um papel fundamental na formação e evolução desses sistemas. Porém, a sua detecção é um desafio, já que eles não emitem luz e só podem ser observados indiretamente através dos efeitos gravitacionais que exercem sobre a matéria ao seu redor.
A descoberta do buraco negro supermassivo na galáxia NGC 1600 foi possível graças a uma técnica chamada “cinemática de lente gravitacional”. Essa técnica consiste em medir as velocidades das estrelas que orbitam em torno do buraco negro e, a partir desses dados, estimar a sua massa. Os resultados obtidos pela equipe de astrônomos indicaram que o buraco negro da NGC 1600 tem uma massa equivalente a 17 bilhões de vezes a do Sol, tornando-o um dos maiores já descobertos.
Mas por que esse buraco negro estava “escondido” por tanto tempo? A resposta está na sua localização. Ele está localizado em uma região conhecida como “núcleo galáctico”, que é uma região muito brilhante e densa, dificultando a sua detecção. Além disso, a galáxia NGC 1600 é cercada por outras galáxias que também possuem buracos negros supermassivos em seus centros, o que torna ainda mais difícil a identificação de um específico.
A descoberta desse buraco negro supermassivo é de extrema importância para a astronomia, pois ajuda a entender melhor como esses objetos se formam e evoluem. Além disso, ela também pode ajudar a explicar por que algumas galáxias possuem buracos negros supermassivos maiores do que outras.
Mas essa não é a única descoberta surpreendente feita recentemente envolvendo buracos negros. Em 2019, a primeira imagem de um buraco negro foi divulgada pela colaboração internacional do Event Horizon Telescope. A imagem mostrava o buraco negro no centro da galáxia M87, localizada a 55 milhões de anos-luz da Terra. Essa imagem foi um marco na história da astronomia e trouxe novas informações sobre a natureza desses objetos.
Com todas essas descobertas, fica claro que ainda há muito a ser explorado e descoberto sobre os buracos negros. E a cada