A inflação é um tema que sempre gera preocupação e discussões entre os brasileiros. Afinal, ela afeta diretamente o poder de compra da população e pode trazer consequências negativas para a economia do país. Por isso, é importante ficar atento aos índices que medem a variação dos preços e entender como eles podem impactar o nosso dia a dia.
Recentemente, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou os dados do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) referentes ao mês de fevereiro. E o resultado não foi nada animador. De acordo com a pesquisa, a inflação medida pelo IGP-DI disparou para 1,0% em fevereiro, após registrar uma alta de apenas 0,11% em janeiro.
Esse forte aumento da pressão dos preços foi sentido tanto no atacado quanto no varejo. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado, a alta foi de 1,38% em fevereiro, enquanto em janeiro havia sido de apenas 0,03%. Já no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação dos preços no varejo, a alta foi de 0,35% em fevereiro, contra 0,57% em janeiro.
Esses números mostram que a inflação está ganhando força e pode trazer consequências para a economia brasileira. Mas, afinal, o que pode estar causando esse aumento nos preços?
Um dos principais fatores é a alta do dólar. Com a moeda americana em patamares elevados, os produtos importados ficam mais caros e isso acaba se refletindo nos preços dos produtos nacionais. Além disso, a crise hídrica que o país enfrenta também tem impacto direto na inflação, já que a falta de chuvas afeta a produção de alimentos e, consequentemente, o seu preço.
Outro fator que contribui para a alta da inflação é o aumento dos preços dos combustíveis. Com a política de preços da Petrobras, que acompanha as variações do mercado internacional, a gasolina e o diesel estão cada vez mais caros, o que acaba impactando no preço de outros produtos, já que o transporte fica mais caro.
Mas, apesar desses fatores que estão pressionando a inflação, é importante destacar que o aumento registrado pelo IGP-DI em fevereiro não é motivo para pânico. Isso porque, apesar de ter sido uma alta expressiva, ela ainda está dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3,75% para 2021.
Além disso, é importante lembrar que a inflação é um fenômeno complexo e que não pode ser analisado apenas por um índice. Existem outros indicadores que também medem a variação dos preços, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado o índice oficial de inflação do país. E, segundo o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a expectativa é que o IPCA encerre o ano em 4,60%, ou seja, abaixo da meta estabelecida.
Diante desse cenário, é importante manter a calma e não entrar em pânico com o aumento da inflação. É preciso lembrar que a economia é cíclica e que, assim como ela pode apresentar momentos de crescimento, também pode passar por períodos de desaceleração. E é papel do governo e das autoridades econômicas adotar medidas para controlar a inflação e garantir a estabilidade da economia.
Por fim, é importante destacar que, apesar do aumento da inflação, a economia brasileira vem apresentando sinais de recuperação.